Bêstas Homens e Deuses, O Enígma do Rei do Mundo

“Você vê esse trono?” perguntou o Hutuktu. “Numa noite de inverno, chegou um desconhecido que subiu ao trono e retirou seu bachlyk, o ornamento que levava na cabeça. Todos os Lamas então caíram de joelhos, porque, naquele desconhecido, tinham reconhecido o homem que as bulas sagradas do Dalai Lama, do Tashi Lama e de Bogdo Khã estavam anunciando desde multo tempo. A ele pertencia o mundo inteiro c todos os mistérios da natureza eram-lhe conhecidos e ele dominava o destino de todos.”

O ano é 1920: a Rússia ainda está convulsionada pela agitação da Guerra Civil, consequência da revolução de 1917. O autor tenta fugir do país, perseguido peles bolchevistas, e depois de inúmeros sofrimentos e privações, chega a Urga, na Mongólia.

No relato de sua cruciante e fantástica viagem, ao longo da qual F. Ossendowski, por acaso, se defronta com um dos mais importantes enigmas da história da humanidade: o mistério dos mistérios — o Rei do Mundo.

O céu e a terra não se movem, o vento não sopra e o sol pára sua trajetória. Todos os seres vivos ficam assustados e rezam, esperando que se cumpra seu destino. Ê o que acontece toda vez que o Rei do Mundo, em seu palácio subterrâneo, reza procurando saber o destino dos povos da Terra.

A Mongólia, outrora cheia de glórias, com suas montanhas terríveis e nuas, suas planícies imensas cobertas pelas ossadas esparsas de seus antepassados, é o berço de um mistério. Seu povo, apavorado pelas tempestuosas manifestações da natureza ou acalentado pela sua quietude de morte, sente a profundeza desse mistério, os Lamas vermelhos e amarelos o conservam e o celebram. Somente os pontífices de Lhasa e de Urga conhecem sua explicação.

Ano: 1972, Edição: 1.ª

Editora: Hemus

Coleção: Enigmas e Mistérios do Realismo Fantástico

Páginas: 260

Observações: Páginas amareladas devido à ação do tempo, algum desgaste do manuseamento.