Porto do Graal

«Irrompendo do inconsciente dos povos, os mitos são as ‘notícias’ que nos chegam dos arquétipos inexprimíveis (...).»

Lima de Freitas

Lima de Freitas, pintor, escritor e ensaísta, foi, sem dúvida, um homem que esteve muito à frente do seu tempo e uma das personalidades mais notáveis do século XX português. Frontal a transmitir as suas ideias c reflexões sobre a sociedade moderna e a rica tradição mítico-espiritual portuguesa, ou mito-lusista, se quisermos empregar o neologismo criado por ele próprio, nunca deixou de chamar a atenção para a existência da «Alma Lusa». Porém, não foi um nostálgico do passado, mas sim, protagonista efectivo na emergência do Novo Paradigma e no estudo da relação do «Portugal invisível» com a Europa telúrico-espiritual c com outras tradições culturais da humanidade.

«Tudo o que a Revolução Francesa e, depois, o Positivismo de Augusto Conte e as teorias marxistas nos trouxeram tende a dissolver-se no dealbar da Nova Era. Esse mote que viciou, escravizou a mentalidade dos homens do Poder, embotando-Ihes a capacidade de se identificarem com o Povo que também são, (...) há-de esbater-se (...) na poderosa muralha dos Mitos Lusos. (...) Portugal não tem razão para se envergonhar perante as restantes nações da Europa. Pelo contrário, temos muito para ensinar-lhes, para dar- lhes. Isso é um pouco o Império do Espírito Santo. [A Missão a cumprir] tem a ver com as nossas qualidades maiores: a fraternidade humana que temos arreigada; a ideia de universalidade; o desenho do Quinto Império (...).»

Lima de Freitas

Ano: 1.ª Edição, 2006

Editora: Ésquilo

Páginas: 351

Observações: Sinais de uso.