Da Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa

Francisco de Holanda (1517-1584) iniciou a sua carreira profissional como iluminurista, certamente sob a orientação de seu pai, António d’Holanda, iluminador régio. Uma viagem de estudos a Itália — entre 1537 e 1541 — ofereceu-lhe oportunidade de conviver com grandes artistas (entre os quais, Miguel Ângelo) e de contemplar as melhores obras de arte da Antiguidade e do Renascimento. Ao regressar a Portugal, inflamado pelos novos ideais estéticos, escreveu algumas obras sobre teoria da Arte e elaborou um precioso álbum de Desenhos das Antigualhas que vira. Na sombra do rei D. João III, de quem foi uma espécie de assessor arquitectónico, deixou a marca pessoal, mas anónima, do seu traço nalgumas das mais notáveis construções dos meados do século XVI; foi além disso, retratista, pintor a óleo, desenhador de heráldica. Após a morte de D. João III (1557) foi posto à margem; mas não deixou de participar nalgumas obras no tempo da regência de D. Catarina. Completou entretanto um álbum de desenhos sobre as Idades do Mundo, escreveu um notável tratado de urbanismo sobre Lisboa, além de outros trabalhos literários e artísticos. As suas obras permaneceram inéditas durante séculos, sendo algumas publicadas pela primeira vez nos fins do século passado ou apenas nos nossos dias; outras perderam-se ou ainda não foram localizadas.

Ano/edição: 1.ª edição de 1984

Editora: Livros Horizonte

Páginas: 110

Observações: Livro com sinais de uso.